terça-feira, 22 de junho de 2010

CRAVO DE DEFUNTO ( John Keats )

Abram suas corolas de dobras estreladas,
Ó ardentes tagetes!
Sequem a umidade de suas pálpebras douradas.
Pois o grande Apolo ordena
Que, nestes dias, sua beleza seja cantada
Em muitas harpas, que ele próprio dedilha:
E quando, uma vez mais, sua umidade orvalhada ele beijar,
Digam a ele, estais em meu mundo de glórias;
Para que, alegremente, enquanto vagueio pelos vales distantes,
Possa sua voz poderosa ouvir-se no vento.

(O Cravo de Defunto, Caléndula, sempre foi associado à viagem do sol pelo céu, das nove da manhã às três da tarde. Esta flor, significa luto, provavelmente por se acreditar que a flor diurna lamenta a partida do sol quando suas pétalas são forçadas a se fechar).


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